NÃO HÁ SAÍDAS PELAS EXTREMIDADES
O
Congresso do Brasil está cada dia mais conservador, porque quem tem condições
de ajudar a eleger congressistas populares, age como se não tivesse sido eleito
pelas forças populares.
A
esquerda no poder no Brasil, há bastante tempo, não faz nenhuma política para
fortalecer os partidos populares, as organizações sociais, especialmente aquelas
que sempre defenderam, inclusive com a vida de seus membros, os direitos
fundamentais do povo.
No
poder, a esquerda não fez nenhuma política que dotasse de instrumentos de
comunicação de massas aquelas instituições que poderiam enfrentar a poderosa mídia
conservadora que, agora, golpeia até a respiração de quem quer avançar.
A
reforma agrária da esquerda foi vexatória e digna de silêncio. A reforma
urbana? Olhem aonde foram erguidas as casas do povo dos programas sociais nas grandes
cidades. O povo está cada dia mais distante, geograficamente, dos centros de acesso
aos equipamentos sociais e públicos. Há uma exceção no Acre, com o Cidade do
Povo, que merece ser estudada pelos urbanistas do Brasil.
A
esquerda teve tempo e não fez a sua lição básica: se consolidar, estruturar uma
logística de combate sólida, melhorar o coração dos aliados, florescer na
simpatia popular.
Esquerda
que elege a presidente numa disputa apertada, com congresso conservador mais
ainda e metade da sociedade e a mídia toda em pé de guerra, precisa construir
caminhos pelo meio. As extremidades agora são letais.
É
preciso, primeiro, barrar a sandice reacionária atual, com muito trabalho e
firme debate nas redes sociais e toda mídia que se dispuser. Não é hora de radicalização.
É tempo de retomar o controle da situação.
Quando
acalmar os ânimos e a esquerda retomar o controle da situação, cuide de fazer o
dever de casa, que já está atrasado, ou, então, peça ao padre para mudar o nome
do menino, porque esquerda não será mais.
Nenhum comentário:
Postar um comentário