Lendo o Blog do Dr. Evandro Ferreira, Ambiente Acreano, descobrimos a perda irreparável de um tarauacaense de valor, Raimundo Saraiva, 'que era um "mateiro" com conhecimento botânico de alto nível'.
Meu pai também era "mateiro". Em homenagem a ele e tantos bravos "mateiros", e pela sua necessidade, nós fundamos, sob a coordenação do senhor Peregrino, a Associção dos Mateiros do Acre.
O Acre que avança no desenvolvimento sustentável e que recebe a cada dia novos 'planos de manejo florestal', precisa de uma Associação de Mateiros forte, organizada e enraizada no conhecimento tradicional.
Iremos buscar apoio em todos aqueles que se disporem a continuar o legado de homens como Chico Virgílio, meu pai, e Raimundo Saraiva.
À família de Raimundo Saraiva o conforto de nossa solidariedade!
Um comentário:
Prezado Moisés, já tenho conhecimento dessa iniciativa, a qual considero da mais alta relevância.
Pode parecer exagero, mas a sustentabilidade da exploração florestal madeireira no Acre está nas mãos dos mateiros.
Sem eles nós, os letrados da cidades, somos na maioria das vezes, além de cegos, analfabetos quando tentamos identificar as árvores na floresta.
Assim como taxonomistas são peças raras no Brasil - cerca de 200 para lidar com toda a biodiversidade brasileira -, os mateiros, os velhos e bons conhecedores da floresta também estão caminhando rapidamente para o desaparecimento.
A migração para as áreas urbanas em busca de melhores trabalhos e condições para suas famílias (saúde e educação), são os principais responsáveis por esse gradual desaparecimento do conhecimento tradicional dessas pessoas.
A iniciativa de agregar os mateiros é importantíssima.
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