sábado, 30 de julho de 2011

A unidade é o ar que respiramos


Estamos saindo agora para Porto Acre, para participarmos da Conferência Municipal e, às 16 horas, em Senador Guiomard. Vamos conferir como anda o Partido, o que Ele fez de posititivo a favor da população local, o que Ele produziu de alianças até agora visando 2012, o que deixou de fazer e de participar para que se tornasse querido entre o povo.

Um partido político precisa ser amado, através de seus líderes, pela maioria da população ou, pelo menos, não atrair raiva de parcelas significativas do povo. Precisa ser sólido em seus propósitos, leve na sua linguagem, flexível na sua tática e apaixonante nas suas bandeiras.

Vamos conferir como estão os nossos camaradas, até que ponto eles entenderam que ser comunista é uma opção cotidiana, cansativa do ponto de vista da luta, mas iluminada, leve e otimista do ponto de vista dos resusltados dela, quando a gente encontra pessoas mais felizes porque nós lutamos por elas.

E, acima de tudo, vamos conferir como anda a unidade entre os camaradas, porque, sem ela, nosso Partido não passará de um pássaro ferido, um navio à deriva ou, no máximo, um anjo de uma asa só.

A unidade é o ar que respiramos!

Um comentário:

Jozafá Batista disse...

Moisés, me permita discordar. O partido revolucionário é uma síntese de teoria e prática nem sempre equivalentes porque ambas relacionam-se com o processo histórico em andamento. Ou seja, as estratégias e programas do partido são sempre uma contextualização das tarefas possíveis em algum momento histórico - sem, claro, perder de vista o horizonte de lutas.
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Ou seja, as tarefas não são definidas por uma aproximação espontânea com qualquer faixa populacional, juventudes, agremiações, faixas de renda etc. Podem até ser, mas como resultado dessa contextualização, isto é, a posteriori.
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Este parece ser um clássico adendo academicista, pedante, isolacionista etc. De qualquer forma, lembro que uma das principais características dos partidos de esquerda hoje é submeter-se acriticamente ao espontaneísmo do processo histórico, isto é, em um vale-tudo taticista. Isso os faz caminhar em círculos, adaptando-se a situações onde da ausência de crítica derivam-se vários níveis de incongruência - um bastante comum, por exemplo, é a luta revolucionária como "imperativo ético".
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É evidente que o contraponto dessa prática - e suspeito que derivada dela - é o abstracionismo academicista, que isolado de qualquer ação efetivamente transformadora perde o conceito de viabilidade histórica e embarca em níveis cada vez mais elevados de metafísica idealista.
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Claro que esta questão é bem mais complicada, teríamos que levar em consideração essa tendência agregacionista de instituições culturalmente ativas, fenômeno muito típico de culturas orais aqui da Amazônia. No entanto a questão central, o perigo taticista, permanece e se agrava também aí.
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Em 18 de março último, o Emir Sader publicou um texto excelente sobre essa questão, intitulado "Crítica crítica e crítica transformadora". Aos que se preocupam com esta cisão absolutamente contraproducente entre teoria e prática (e seus efeitos nocivos para ambas), fica a dica: http://www.cartamaior.com.br/templates/postMostrar.cfm?blog_id=1&post_id=681