quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

"É preciso salvar a humanidade"



Fidel Castro representa uma idéia e um tempo. Das montanhas da Sierra Maestra aos tempos atuais, como uma tempestade, provocou ódio e paixão. No ‘quintal’ do poderoso império norte-americano, Cuba resistiu como uma ilha, um cravo na ferradura dos cavalos do capital.

De Cuba vieram as esperanças que embalaram a minha geração. O fim do sofrimento das maiorias, da tortura, da fome de milhões, da prostituição e da sevícia.

Reconhecemos que Cuba parou no tempo, podia ter avançado na democracia, na liberdade de imprensa, de culto, de cátedra, de associação. Ninguém me convence de que partido único tem explicação. Muita coisa ruim foi permitida em nome do bloqueio econômico.

Faltou originalidade, capacidade de ganhar o povo para vencer os adversários internos e os inimigos externos, com democracia. Cuba podia ser melhor. Perdeu o charme porque permitiu práticas que a humanidade baniu.

Falo da humanidade nobre, avançada, laica e plural e não dos humanóides que torturam, que exploram e matam as maiorias, que segregam negros, ciganos, homossexuais, mulheres, judeus e palestinos, afegãos.

Mas, em nenhuma circunstância, podemos aceitar que Fidel Castro seja comparado aos ditadores e corruptos do planeta. Cuba deve avançar mais e mais para a democracia, para o respeito pleno aos direitos humanos e ao contraditório.

Cuba não pode morrer, se prostituir e tornar-se ‘um pobre Haiti’, miserável, doente, abandonado pelos países ricos e corroído pela corrupção, faminto, aidético.

Cuba deve ser livre, preservados os direitos do povo à alimentação, ao abrigo, à saúde, à educação.



Um comentário:

Palazzo disse...

Deputado Moisés, a mim só me resta dar-lhe o parabéns pelo que escrevestes.
“O sábio tem vergonha de seus erros, mas não de corrigir-se”.
Abraço