domingo, 23 de janeiro de 2011

CANÇÃO DO EXÍLIO

A fantástica beleza do rio Tarauacá nas cabeceiras

Se Gonçalves Dias tivesse tocado as águas, as árvores, os barrancos ou praias, os pássaros cantores, os peixes, os povos indígenas das margens, os cipoais, os varadouros, a sombra secular da floresta, o riso das crianças no rio.

Se a Canção do Exílio falasse dessa imagem amazônica, as cabeceiras do Rio Tarauacá, próximo de Jordão. Gonçalves Dias, o poeta, a escreveu em 1843, em Coimbra, Portugal, inspirado em Goethe.

A poesia de nossa infância descreve a terra sem males, a Jordão bíblica, a terra onde corre o leite e o mel, como se cada poeta estivesse sempre em terra estranha, porque a sua terra não é de todos.

Uma imagem para suavizar o domingo.






Um comentário:

Jairo, o Nolasco disse...

Pois é senhor Diniz e muita gente não dá valor à " terra com palmeiras e sabiás".A deixam nua, pelo prazer do lucro rápido, depois não entendem os "ais" dos mais humildes , os mais afetados, infelizmente, quando a natureza cobra a fatura.
Ao ver esta foto que representa a harmonia e leio sobre o prazer no riso das crianças e quando penso no apocalipse carioca e nas crianças sobreviventes como olhar perdido no horizonte, me vem o primeiro verso do Soneto da Separação de Vinicius: " De repente do riso, fez-se o pranto ".
Às vezes, é um alento estarmos "longe demais das capitais"