segunda-feira, 1 de novembro de 2010

OPINIÃO SEM PAIXÃO


"Conheci o Acre no começo dos anos 80. Rio Branco não era propriamente uma cidade, a miséria era visível por todos os lados, meninas se ofereciam na porta do hotel, havia um caboclo que ficava sentado num banco de praça esperando encomendas. Matava segundo uma tabela que começava com 'um salaro'.

Entrevistei alguns dos personagens mais asquerosos que tive o desprazer de conhecer em mais de trinta anos de carreira. Um deles era deputado federal eleito na base do voto comprado ou roubado, e se orgulhava disso. Era um dos lideres da UDR. Entre outras coisas, contou, orgulhoso, como fazia para enganar a fiscalização do Banco do Brasil e perpetuar os empréstimos da carteira agrícola.

Voltei ao Acre algumas vezes e posso testemunhar a transformação que ocorreu. O Acre evoluiu um século em vinte anos. Visto com a lente do tempo e da distância, não há como não reconhecer o trabalho que foi feito pelo chamado "governo da floresta".

Só mesmo muita incompetência política poderia fazer essa população esquecer quem foi que elaborou a política que a tirou do atraso e colocou o Acre no mapa do Brasil moderno. Ou os acreanos enlouqueceram?"
                                                                      Jornalista Luciano Martins Costa


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