Nossa homenagem a Toinho Alves,
criador do conceito de Florestania
A florestania hippie enxerga a cidade como o inferno de Dante e sonha acolher na floresta os seus ex-cidadãos. Uma visão romântica e inviável, pois a florestania real, que vai sendo testada no Acre, olha o homem e a floresta como entes inteiros.
Aqui fomos tão longe no embrutecimento de nossa memória e no extermínio de nossas raízes que, somente em 1970, o estado do Acre reconheceu oficialmente a existência de povos indígenas em seu território.
Chegamos ao ridículo de construir nossas moradias de costas para o rio, como se ele e suas águas, seus peixes e seus encantos nos envergonhassem. Travamos a nossa língua e escondemos a sintaxe cabocla da floresta profunda.
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