Já vivemos tempos mais difíceis
Tarauacá tem sido uma terra sofrida. As disputas políticas têm sido muito violentas e os adversários se comportam como inimigos. Isso cria a impossibilidade de diálogo e parcerias entre quem perde e quem ganha.
Só quem vem perdendo é o povo. Temos índices que nos envergonham como políticos e fazem nos sentir culpados.
Durante quase dois meses eu tentei a pacificação. Meu objetivo era juntar os políticos e partidos mais influentes para, desde já, iniciar a reconstrução de Tarauacá.
Fui derrotado pela maioria dos políticos de Tarauacá, com algumas exceções. Fui surpreendido pela mentira, pela sordidez da conversa dupla, por interesses mesquinhos, pela intolerância, pelas palavras falsas que botaram em minha boca e pela burrice política.
Hoje, Tarauacá tem quase uma dezena de pré-candidatos a prefeito, como se a prefeitura estivesse bem financeiramente e não precisasse de apoio externo, como Governo do Estado e Bancada Federal.
Ainda estou assustado com a violência de alguns políticos e militantes de Tarauacá. Todavia, não guardo mágoa e vou seguir defendendo uma grande unidade para reconstruir Tarauacá.
Alguns me surpreenderam pela nobreza, outros pela vileza. Os primeiros entenderam que, nessa terra, tudo passa, tudo morre. O que ficam são os gestos nobres, a verdade, a decência.
Estou disposto a abrir mão da minha pré-candidatura a prefeito em nome dessa unidade. Estou disposto, inclusive, a não ser mais candidato a deputado por Tarauacá, desde que, com isso, a gente consiga unir os políticos da minha cidade em benefício do povo mais pobre.
Tarauacá não suporta mais tanta briga política e tanto político achando que pode ser o salvador da pátria. Perdemos preciosos 11 anos com disputas inúteis, enquanto a cidade foi ficando cada vez mais abandonada e com uma população cada vez mais pobre.
O vencedor ou vencedora será aquele(a) que souber aglutinar mais, souber construir pontes, perdoar intolerâncias, apresentar a idéia mais avançada, mais unitária, mais progressista e mais atraente.
Ninguém vencerá no grito, na imposição. Até mesmo a força do dinheiro sofrerá um revés nesta eleição de 2012, porque há um cansaço na população. Talvez vença a tese mais simples, mais humilde, a pedagogia dos excluídos que saberão neutralizar os mais poderosos.
Esta será a eleição da inteligência e da sutileza, da capacidade de incluir pessoas e vencer contradições. Oito meses nos separam da decisão, vencerá quem olhar o próximo, inclusive o adversárrio, com humanismo e tolerância.
Que vença o melhor!
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