Senhor Presidente,
2008 nasce sob o símbolo da luta e do desafio. Estamos iniciando o nono ano de um governo justo, ético e progressista. O governo da Frente Popular. Do Acre despedaçado, corrompido, anêmico e sem esperança, já não lembramos mais. É como se as aves de mau agouro tivessem feito a sua migração.
No Acre de hoje não tem mais deputado indo ao Detran exigir o cancelamento de uma multa, não tem mais político comprando patente de policial, deputado não recebe dinheiro por fora para aprovar uma lei. E nisso se incluem também os deputados de oposição.
No Acre de hoje os salários são dignos, os funcionários respeitados, as escolas são limpas, as crianças têm a sua sagrada merenda e se multiplicam as avenidas, as praças, os portos, aeroportos, pontes, quartéis, hospitais, delegacias. O estado é forte, e forte a favor do povo, dos excluídos.
No Acre de hoje não tem mais jornalista engolindo a pauta, não tem mais deputado com caixas de sabão cheias de carteira assinada para o governador rubricar. Agora tem concurso público, o filho do político de oposição, o afilhado, o sobrinho, fazem concurso em pé de igualdade. Acabou o apadrinhamento.
No Acre de hoje as instituições estão fortes, estão limpas, se respeitam e convivem. Não tem mais bandido fardado, togado, infiltrado nas instituições.
O Acre de hoje é muito melhor do que o Acre que alguns querem defender. Que Acre eles querem? Nobres deputados, essa história de indicadores, eu debato em qualquer prisma e em qualquer lugar. Os senhores sabem que o Acre está melhor.
O Acre não andou para trás, deputados. O que andou para traz nesses nove anos foi a corrupção, a ‘propinagem’, o crime organizado, o imoral apadrinhamento e a violência institucional contra os pobres. A florestania é o nosso sonho palpável, construído aos poucos, sem atropelamentos. Por isso respeitamos as formas tradicionais, a agricultura, a pecuária.
Em nove anos não se vencem condições perversas construídas em mais de um século. É preciso tempo, tempo de construir e organizar a infra-estrutura, erguer fábricas sustentáveis, abrir caminhos para o novo, ter paciência até com o preconceito.
‘Catar coquinho’ é uma expressão preconceituosa. Pois vossas excelências sabem que, durante sessenta anos, foi catando coquinho que o Acre se fez. Foi catando coquinho (cocão do mato para o defumador) que nós fizemos do Acre o terceiro PIB do Brasil. Catando coquinho, nós formamos os primeiros médicos, engenheiros, professores.
Catando coquinho, nós chegamos até aqui. Catando coquinho nossos avós nos honraram na floresta assombrosa. Por isso, o orgulho da Frente Popular em defender aqueles que, ainda hoje, catam coquinhos para sobreviver. Pergunte a eles. Eles vão responder: o Acre está melhor!
Basta fazer um exercício. Vamos fazer desaparecer o asfalto que fizemos, os hospitais, as escolas suntuosas, as grandes pontes, avenidas, aeroportos, milhares e milhares de tubos de água potável e de fios elétricos, na cidade e no campo, o parque, a gameleira, o mercado velho, os prédios reconstruídos, os salários multiplicados, os concursados: juízes, policiais, promotores, os doutores nos hospitais, etc, etc.
O que iria restar? Um buraco no meio da floresta, um Acre com medo, corrompido, desmoralizado, perdido. Coronéis mandando na política no lugar de civis, mansões erguidas com dinheiro do povo, merenda escolar, salário público e hospitais transformados em pasto e boi. Aí sim, só nos ia restar coquinho para catar. Sinto muito, deputado, mas esse Acre não voltará!
Mas, eu entendo a sua contundência, nobre deputado da oposição! Todavia, uma coisa preciso dizer. Esse Acre novo tem também a sua digital. A sua oposição e dos nobres companheiros que o seguem é muito importante para a democracia. Por isso vamos continuar respeitando fortemente o papel que vocês exercem na oposição.
Vocês, junto com a gente, são construtores de um novo poder. No Acre de hoje a nossa instituição, a Assembleia Legislativa, se agigantou.
Desde que a Frente Popular ganhou o governo, em nove anos, a Assembleia Legislativa economizou 180 milhões. Por isso é possível ver tanta obra, obra vistosa e importante, obras e ações que ajudam o povo a ser feliz, a viver melhor.
Por isso, antes não existiam essas obras e ações. É que os políticos comiam por fora o dinheiro que era do povo. Por isso não tinha BR 317 e 364, nem hospital da criança, do idoso, do câncer. Não tinha hospital do Juruá, nem terceira ponte, parque da maternidade, gameleira, não tinha segundo grau em sete municípios e nem hospital, a luz apagava lá às nove da noite e a água era de cacimbão.
Agora a gente consegue perceber. Se uma Assembleia Legislativa incomoda muita gente, uma Assembleia Legislativa ética, próxima do povo e unida incomoda muita mais. Por isso o desespero gangrenado, saudosista e reacionário de alguns, em atingir a trincheira da mudança.
Nesses nove anos, a trincheira da vida nova, das coisas boas que o Acre vive está aqui. Nas mãos e na voz desses 24 homens e mulheres que o povo elegeu. Pela vida, a liberdade e a democracia. Seja defendendo o governo, como nós governistas, seja cobrando ou denunciando, como faz a oposição, repito, a trincheira do Acre novo está aqui. Por mais que não gostem alguns rufiões da violência, do crime, da corrupção e da imprudência.
Por isso eles querem nos dividir, desmoralizar, querem macular biografias, enlamear o que não se enlameia. Não conseguirão, pois a nossa história não foi forjada nos porões. Nossa história tem a testemunha das multidões e do sol.
Somos do tempo da luta e, se necessário voltaremos às ruas. Não fugiremos de nenhum combate. Todavia, vamos continuar apostando no diálogo e na capacidade de respeitar diferenças. O Acre precisa de paz para crescer, gerar mais emprego, mais saúde e alegria.
O Acre é a nossa aposta!
Muito obrigado!
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