A decisão do PCdoB de convidar a prefeita Marilete Vitorino (DEM) a retornar ao Partido tem provocado movimentos que não resistem a meia hora de argumentação.
A prefeita ainda não se filiou e, caso venha se filiar, será uma decisão dela e do PCdoB. O PT filiou vários prefeitos no Acre e não precisou pedir a autorização do PCdoB. O ex-prefeito Vando Torquato (PSDB) veio para a Frente Popular (PP) e não consultou o PCdoB.
Consumada a filiação da prefeita Marilete Vitorino ao PCdoB, o Partido iniciará com os partidos aliados a discussão sobre sucessão, apresentando o nome da prefeita à reeleição, sem imposições, mas dialogando, ouvindo e convencendo.
Em todos os municípios aonde o PT, ou qualquer outro partido, tem um prefeito com direito à reeleição, os demais partidos estão apoiando e discutindo o cargo de vice-prefeito. Em Rio Branco, aonde o PT já governou 8 anos, os companheiros estão reivindicando a cabeça de chapa mais uma vez.
Em Tarauacá, o PCdoB tem dois mil filiados e está organizado em todos os seringais, aldeias indígenas e tem forte influência no movimento social. São 25 anos de resistência e raízes profundas no sentimento do povo, sendo respeitado por diversos setores, empresariais, religiosos, populares.
Quanto ao debate sobre sucessão, serão ouvidas as lideranças locais, consultada a população e respeitada a geopolítica do Acre, tendo em vista que a Frente Popular tem vários partidos e não será uma única força política a indicar todos os prefeitos do Acre.
A minha atuação em Tarauacá tem sido combinada com o governador Tião Viana (PT) e eu não tenho tomado nenhuma decisão sem o seu aval.
Tenho procurado respeitar os partidos e suas lideranças e conversado com as lideranças estaduais, como o deputado Walter Prado (PDT), os dirigentes estaduais do PT e deputados que têm partido organizado em Tarauacá, como Manoel Moraes (PSB), Eber Machado (PSDC), a direção estadual do PSB, o vice-governador César Messias (PP) e o presidente da Assembleia Legislativa, Élson Santiago (PP), dentre outros.
Caso se concretize a filiação da prefeita Marilete Vitorino, o PCdoB conduzirá as conversações abertas e francas com todos os partidos da Frente Popular de Tarauacá, tudo a seu tempo, com respeito e democracia.
O único sentimento que me move é trabalhar pela pacificação de Tarauacá, após 11 anos de conflitos e dificuldades para o nosso povo. Não dá mais para o governador e os deputados do município ficarem de um lado e o prefeito de outro.
Tarauacá perdeu tempo com brigas e divergências desnecessárias. O PCdoB lutará pela unidade da Frente Popular no Acre todo e, em Tarauacá, não vai atropelar ninguém, desrespeitar ninguém, como alguns andam falsamente pregando.
Nós vamos pregar a unidade e o diálogo. Tarauacá não quer a volta da briga, do atraso, da corrupção. Tarauacá quer empregos, trabalho, escola e saúde, cultura, lazer e alegria. Essa é a nossa bandeira!
Nós não vamos perder a oportunidade que o governador Tião Viana (PT) está nos dando: pacificar e unir Tarauacá, para que o nosso povo viva melhor, tenha qualidade de vida e felicidade.
Por isso que o melhor caminho é a calma e o diálogo, a paciência, a humildade em ouvir, o respeito aos partidos e suas lideranças. É tempo de incluir, aparar arestas, preservar o belo patrimônio que é a Frente Popular de Tarauacá.
Mas, também é tempo de não cair em armadilhas!
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