Na semana passada um fato me chamou a atenção na Assembleia Legislativa do Acre. Enquanto eu me preparava para os embates com a oposição, percebi um senhor de barba grisalha, óculos e um sorriso aberto, como um profeta em terra de cegos, segurando um cartaz.
A frase na cartolina era simples, pedia que salvássemos o rio Acre. Era o professor Claudemir Mesquita, professor da Universidade Federal do Acre e membro da Academia Acreana de Letras.
Aquela cena me deixou incomodado, pela simplicidade, pela estatura do manifestante e pela pouca atenção dos parlamentares. Saí do plenário e fui dar um abraço no professor Claudemir, meio como se pedisse desculpas pela nossa cegueira.
Hoje o blog ALMA ACREANA divulga a poesia de Claudemir Mesquita. De minha parte, admiração e reverência e, repetindo o abraço da semana passada, as minhas desculpas pela caverna aonde vivemos e de onde só podemos ver um pedaço do céu.
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