sábado, 14 de maio de 2011

O diálogo é o pai da civilização


A paralisação de 24 horas da PM e dos Bombeiros deve ser encarada como uma manifestação democrática pelos direitos civis dos militares e uma aula de como não se deve agir em defesa dos trabalhadores.

A paralisação fragilizou o movimento e suas reivindicações, porque o governo não fechou as portas à negociação, deixando exposto o lado radical dos manifestantes. A agenda de negociação dos militares é a mesma dos professores, enfermeiros e demais categorias.

Ter um deputado da categoria, apostando no radicalismo e fazendo oposição sistemática ao governo, levou os militares à paralisação. O major Rocha quis mostrar força e fragilizou a categoria.

O deputado-major quer fazer crer que ainda estamos no período de radicalização, quando ele foi preso. Isso acabou. Não tem mais major para prender. Não se prende deputado grevista. Os tempos são outros.

Agora é tempo de dialogar e encontrar pontos de convergência entre as reivindicações dos militares e a capacidade financeira do Estado. É possível evoluir para espaços de conquista, a partir do diálogo que produz resultados fantásticos aonde é usado.

O deputado Rocha, do PSDB, deve continuar fazendo oposição sistemática ao governo da Frente Popular, mas não pode envolver os militares nessa luta política. A luta dos militares é por melhores salários, não é política.

O deputado Rocha, do PSDB, não participa das negociações com o governo, mas dirige todas as reuniões dos líderes militares. Só na sala de reuniões da Aleac, eu já presenciei duas reuniões dos líderes militares com o deputado Rocha.

Outros deputados não participam dessas reuniões, nem mesmo os outros deputados da oposição. Isso nos preocupa, porque o deputado Rocha pode estar insuflando o radicalismo e, ao mesmo tempo, anunciando que não participa das negociações, segundo ele, para não atrapalhar.

Acho que o deputado Rocha deve participar das negociações, já que participa de todas as reuniões dos líderes e assembleias da categoria. É fácil insuflar, pregar radicalismo e valentia e ficar de fora das negociações, aonde você tem que ter a capacidade também de ouvir.

Acho que chegou a hora de esclarecer essas coisas à população e, aos militares do Acre, eu coloco o nosso mandato à disposição, para que, em nenhum momento, se quebre a mesa de negociação e nunca saia derrotado o movimento dos militares e nem a população.

Acho que chegou a hora de radicalizar no diálogo e quem apostar no contrário deve ser excluído das negociações, porque os militares merecem melhores salários e a população exige segurança.

O deputado Rocha, do PSDB, quer uma greve, de qualquer jeito, porque ele sai ganhando com isso. Mas, quem perde são os militares e a população. O deputado Rocha já teve a sua greve, mesmo que tenha sido de 24 horas.

Agora precisamos de diálogo, de negociação, para que os militares avancem nas suas conquistas e a população tenha segurança.

De minha parte, como líder do Governo, usarei toda a minha energia para garantir canais de diálogo e não aceitarei, de nenhum lugar, atitudes que criem cabos de guerra e confronto. Lutarei pelo diálogo, sincero e honesto.



11 comentários:

Anônimo disse...

Deputado,

A gente sabe que o senhor é um homem de diálogo. Mas, dentro do governo tem gente que não pensa assim. Não tem a sua sensibilidade.

Contamos com o senhor,

Amarildo

Anônimo disse...

Deputado Moisés,

Ajude a PM a melhorar o salário, independente do major Rocha. Ele já tem um bom salário de deputado, igual ao seu.

Abraços,

João Paulo

Anônimo disse...

O deputado Moisés Diniz já demonstrou que é honesto com os trabalhadores. Quando as portas se fecham, ele chega para dialogar.

Não podemos desprezar um apoio desses.

Contamos com o senhor.

Luís Carlos

Anônimo disse...

O deputado Rocha só sai ganhando com essa greve e a população e os PMs saem perdendo, pois com a greve antes da negociação, só o Dep. Rocha aparece qurendo angaruiar mais votos para a próxima eleição, enquanto a população fica desprotegida, e os PMs sem a negociação = sem aumento de salário.Todos perdem , só o Rocha ganha, pense num cabra esperto.

Marcos

Jozafá Batista disse...

Eu tendo a discordar somente em um ponto: a submissão da agenda de reivindicações dos trabalhadores, de qualquer categoria, à agenda estatal.
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Lembro ao deputado que que a atual legislação trabalhista brasileira, criada por Getúlio Vargas em 1943, é quase uma cópia da "Carta del Lavoro", elaborada por Mussolini no fascismo italiano.
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Numa greve, o que está em jogo é a própria vida dos trabalhadores, seu direito à sobrevivência, seu trabalho. Num modo de produção de riquezas com enorme disparidade de renda como o nosso, não é correto submeter esta agenda ao poder de barganha do Estado.
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Quando isso acontece - e este era o objetivo do fascismo - o Estado obtém o controle das manifestações dos trabalhadores em duas frentes:
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1) negociando, ou não negociando, com uma categoria isoladamente;
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2) contrapondo "interesses da sociedade" e "interesses de uma categoria" (o que é amplamente beneficiado pela pulverização sindical existente hoje, PCCSs diferenciados etc).
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O Estado democrático pode e deve auxiliar a luta dos trabalhadores, inclusive denunciando mentes pouco honestas que tendem a transformar reivindicações sérias em palanque eleitoral - como fez o seu artigo.
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Mas a luta é muito maior. E se o diálogo é o pai da civilização, compreender os interesses materiais que mobilizam os sujeitos em qualquer diálogo é ver todo o DNA.

CEL PM RR GUALTER disse...

Camarada Moisés, quando o hoje Deputado Rocha era major da ativa e foi preso por determinação do Governador de plantão, Binho, V.Ex. já era o lider do governo, que fez para que isto não se efetivasse,e qual foi a sua contribuição alestando para a defasagem dos vencimento dos policiais militares nos 12 anos de governo do PT?

Anônimo disse...

Deputado, que suas palavras sejam verdadeirs, pois a unica coisa que queremos é um salário digno. Um coronel ganhar 760,00 de risco de vida e um soldado ganhar 170,00 vai de encontro ao princípio da moralidade. Nos ultimos dois anos foram 12 PM´s assassinados, destes todos, nenhum era oficial. Obrigado desde já por estar aberto para a nossa classe.

Anônimo disse...

Deputado Moisés,

Como o senhor é um homem do diálogo, ensine alguns do governo a dialogar com as categorias...Basta de ameaças, demonstração de "força", perseguição.O senhor é um democrata, homem de bem, que tem uma história limpa na política do acre, ajude-nos!

Anônimo disse...

Deputado,
Eu queria saber se o governo fosse do Tiao Bocalom se o Major rocha se comportaria da mesma maneira, porque se o PSDB tivesse compromisso com o funcionalismo alguns estados administrados por eles os sevidores nao ganhariam tao mau.

Anônimo disse...

se o diálogo é o pai da civilização, esse governo vive no tempo da pedra lascada, pois não recebe sindicalistas.

PORFIRIO disse...

Eu sou um admirador da oposiçao. Acho que o tempo do PT no poder já extrapolou há muito. Mas uma coisa temos que falar: esse deputado major Rocha, só tá querendo mesmo é o caos na PM pra explorar isso politicamente. É um absurdo o cara ser oficial da PM e apoiar um ato que se concretizado, será além de ilegal também será de tremenda irresponsabilidade.
Moisés vc é um deputado honesto mas sua missao de defender um governo perseguidor e que NAO está sempre aberto ao diálogo é árdua.
Os PMs têm que serem espertos e ganharem o apoio da populaçao trabalhando bem e reinvindicando suas melhorias de forma responsável e honesta!