domingo, 12 de dezembro de 2010

A unidade em noite de autógrafos no Casarão


Na sexta-feira, 10, participei da festa de reinauguração do Casarão, que foi totalmente restaurado pelo governador Binho Marques. Naquele instante eu me lembrei de um fato ocorrido no Casarão no longínquo ano de 1997.

Naquela época, quando eu chegava de Tarauacá, costumava fazer visitas noturnas ao Casarão, o bar em Rio Branco do tempo da minha juventude. Em Tarauacá era o Cisne Bar e o Clube do Tinha, logo depois surgiria o Chega Mais.

Em 1997 o PT e o PCdoB em Rio Branco continuavam rompidos politicamente. O rompimento se dera em 1996, com a candidatura de Sérgio Taboada, pelo PCdoB, e de Marcos Afonso, pelo PT.

Venceu Mauri Sérgio, do PMDB. Todos lembram do que aconteceu com Rio Branco, que vinha sendo recuperada pelo prefeito Jorge Viana. A capital do Acre passou a ser demolida, depredada, como se o novo prefeito estivesse em guerra com o povo.

O que Jorge Viana construíra, entre 1993 e 1996, estava sendo destruído pelo novo prefeito, fruto da divisão entre os dois principais partidos da Frente Popular.

O principal líder do Partido, deputado Sérgio Taboada, já dava sinais de cansaço e defendia abertamente que o PCdoB não voltasse a se aliar ao PT. A divisão interna que ocorrera em Rio Branco estava se espalhando, contaminando o Acre.

Eu acabara de ser eleito vice-prefeito de Tarauacá, numa aliança com o PT, mesmo contra a vontade dos principais líderes do PCdoB na capital.

Numa noite que antecedeu a conferência do PCdoB, realizada no colégio Lourenço Filho, eu encontrei o ex-prefeito de Rio Branco, Jorge Viana, que prestigiava o lançamento de um livro de poesia da “Bruxinha”, no Casarão.

Mesmo sendo do baixo clero, convidei Jorge Viana para ir lá na conferência do PCdoB. Quando, de manhã, informei do convite, foi um ‘Deus nos acuda’, a maioria votou contra a sua presença. Dos dirigentes principais, Edvaldo Magalhães e Perpétua Almeida votaram favoráveis. E, mesmo em minoria, bancamos a presença do ex-prefeito petista.

Jorge Viana percebeu que o clima estava hostil, fez uma fala rápida, não recebeu aplausos, mas, foi iniciada ali a reconstrução da unidade que está viva até hoje entre PT e PCdoB.

Quem diria que o Casarão faria parte da história das grandes conquistas do Acre, nesses 12 anos de governo da Frente Popular?


Um comentário:

Clariane Oliveira disse...

Olá meu amigo, tudo bem ?
Deixe eu lhe comunicar,
desativaram meu blog, daí não consegui recuperar e criei outro.
http://clarianinha.blogspot.com

Muito grato por tudo viu !
Abraçoooos !