domingo, 21 de março de 2010

Reforma Agrária dos Acreanos



Há 'verdades' que se desfazem no ar quando as suas teses são confrontadas com a realidade objetiva. O velho discurso de que o desenvolvimento econômico afronta o meio ambiente ou de que o asfalto é inimigo da floresta foi vencido nessa semana lá pelas bandas do Gregório.

Lá o Governo do Acre asfaltou a BR 364, entre as cidades de Tarauacá e Cruzeiro do Sul, cruzando a terra indígena dos katukinas e o rio Gregório, que corta as aldeias yawanawas.

Vencendo a tradição de ver a terra nas maõs apenas dos grandes proprietários, especialmente aquelas que são cortadas por estradas asfaltadas, o ex-governador Jorge Viana criou três florestas públicas na região.

O relato que segue, no BLOG DO ACCIOLY, refere-se ao dia em que o Governo do Acre entregou 279 títulos definitivos de uso da terra aos pequenos agricultores, pescadores e extrativistas que vivem nessas florestas.

Eles ocupam a margem da BR 364 e as margens dos rios Gregório, Acuraua e Liberdade. A energia elétrica já chegou nas margens de toda a BR 364. O próximo passo é a instalação de energia elétrica nas comunidades isoladas, através de placas solares, um programa do Governo Lula.

Mas, o que quero salientar aqui é a questão social e ambiental.

É possível desenvolver uma região incluindo os pequenos. Hoje, no Acre, o pequeno produtor tem o direito de viver nas margens de uma BR asfaltada, como está acontecendo no trecho entre Tarauacá e Cruzeiro do Sul. Antes, esse privilégio era destinado apenas aos grandes fazendeiros.

É possível desenvolver sem destruir. As florestas públicas aprovadas pela Assembléia Legislativa do Acre garantem que o asfalto pode cruzar a floresta sem destruí-la e ainda juntar as pessoas.

Parabéns a todos aqueles que contribuíram para a realização desse sonho. Ali, naquele ato, eu vi a Tarauacá dos meus sonhos: limpa, moderna, justa, desenvolvida, verde e feliz.

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