Aldo Rebelo anunciou os nomes dos seus três principais assessores. Leia perfil dos indicados e, então, analisando o acerto de Aldo, comprovaremos que o PCdoB, apesar de tantos anos de experiência, não foi capaz de perceber o tamanho do Ministério dos Esportes, quando deixou permanecer Orlando Silva à frente da pasta.
Orlando Silva era secretário-executivo do ministro Agnelo Queiroz, que deixara o PCdoB e migrara para o PT. Orlando Silva já vinha de um governo anterior, quando você mantém um cargo nessas condições, não há a devida valorização e há passivos que podem comprometer o presente.
Além disso, nem o PCdoB e nem o governo perceberam que havia mudado a conjuntura do país em relação aos Esportes. A Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016, a serem realizadas no Brasil, colocaram o Ministério dos Esportes no nível das pastas mais importantes.
O caso exigia ‘um medalhão’, um dirigente partidário com estatura política, administrativa e testado nas urnas e no combate às máfias que vicejam no país.
Aldo Rebelo foi presidente da Câmara dos Deputados no período do Mensalão. Se tivesse alguma mancha ética no currículo, Aldo teria caído, pois ele enfrentou a fúria da oposição contra o então Presidente Lula.
O outro teste de Aldo Rebelo foi relatar o Código Florestal, que envolve interesses bilionários, de dentro e de fora do país, e que confrontou visões sustentáveis e produtivas de grandes proprietários de terra (uns honestos e outros criminosos) e milhares de ONGs (umas limpas e outras sujas).
Novamente, se Aldo não fosse limpo, teria sido alvejado. Mas, o PCdoB insistiu com um nome de porte médio, não percebendo o tamanho e a dimensão estratégica do Ministério dos Esportes.
Apesar de quase um século de existência, o PCdoB está pagando caro pelo amadorismo nesse episódio.
Aldo Rebelo tem estatura política, capacidade de diálogo e biografia ética para cuidar dos dois principais acontecimentos do Brasil nos próximos seis anos: a Copa e as Olimpíadas.
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